As 7 novas regras do futebol, oficializadas pela Ifab a partir de junho de 2020
A cidade de Belfast, na Irlanda do Norte, recebeu o congresso da International Football Association Board, a Ifab, o órgão que regula as regras do futebol desde em 1886 – sendo anterior à própria Fifa, criada em 1904.
De lá saíram as mudanças no jogo, após decisão do comitê formado por dirigentes ingleses, escoceses, galeses e norte-irlandeses, além de representantes da Fifa.
As novas regras entram em vigor a partir de 1º de junho de 2020.
Na prática, de uma maneira geral, será após a quarentena. A entidade detalhou as mudanças através do comunicado publicado pela Ifab em 08/04, em inglês.
Abaixo, um resumo do texto, já com observações do blog.
Novas considerações na cobrança de pênalti
Pela ordem, 1) se o o goleiro se adiantar, mas o jogador mandar a bola pra fora ou na trave, a cobrança não deve ser repetida; 2) se o goleiro se adiantar e a cobrança for repetida (em caso de defesa), ele receberá um cartão amarelo; 3) Se um jogador receber um cartão amarelo no jogo e outro numa disputa de pênaltis, isso deve contar como dois amarelos, mas sem expulsão; 4) se o goleiro e o cobrador cometerem infrações ao mesmo tempo, só o cobrador será punido.
VAR decidido na tevê no campo
Em caso de lances subjetivos, a revisão deve ser feita pelo árbitro principal do jogo no monitor à beira do campo.
Nem sempre vinha acontecendo isso, mesmo em lances de expulsão, por exemplo.
Bola na mão parcialmente “liberada”
No último ano, havia entrado em vigor a regra que tornava falta qualquer toque na bola com o braço em jogadas ofensivas.
Agora, ainda considerando as jogadas ofensivas, isso vale apenas em caso de chance imediata de gol, dando ao árbitro a subjetividade na decisão – como poucos passes ou uma jogada rápida, por exemplo; me parece um retrocesso.
Outra mudança importante foi a clareza sobre o que significa “mão” na infração: todo o braço abaixo da manga – sim, a manga não conta mais; neste caso, um ajuste positivo.
Os desvios da defesa em lances de impedimento. Vale tudo?
O toque de mão na bola por parte de um defensor, de forma deliberada, será considerada para a análise sobre o lance de impedimento – fora da área, pois dentro é pênalti, claro.
A leitura é que o desvio em lances legais (com o pé ou de cabeça, por exemplo) tenham o mesmo efeito, validando a posição do jogador ofensivo.
Prosseguimento rápido do jogo, sem cartão
Se o árbitro permitir uma cobrança de falta rápida ou der vantagem em uma infração que “interfira ou interrompa um ataque promissor”, o cartão amarelo não será aplicado ao infrator.
Sem tolerância na bola ao chão
O jogador que não respeitar a regra de 4 metros de distância na “bola ao chão” deve receber cartão amarelo.
Inibindo o recuo imediato ao goleiro
Se o goleiro cobrar um tiro de meta ou uma falta para um jogador de sua equipe e este, imediatamente, recuar a bola de cabeça ou de peito ao próprio arqueiro, o árbitro deve mandar repetir a cobrança. Caso a ação seja repetida, cartão amarelo.
Sistema de votação da Ifab
São 8 votos, com 4 em poder da Fifa e 1 para cada associação britânica envolvida na criação da Ifab (Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte), uma vez que a reunião desses países unificou as regras no século XIX.
Em relação às regras do futebol, qualquer proposta anual de mudança precisa de 6 votos.
Logo, precisa da Fifa e de mais duas associações britânicas.
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