Fifa planeja novo VAR para acabar com polêmicas de arbitragem.
Dois anos após a introdução da tecnologia de vídeo nas partidas, um sistema mais eficiente está em estudo para a Copa do Mundo de 2022: o VAR 2.0
Muitos povos reivindicam a invenção do futebol, mas foram os ingleses que, em 1863, conseguiram montar o primeiro livro de regras, como a que proíbe conduzir a bola com as mãos.
Estava lá também a lei do jogo que causaria celeuma mais de 150 anos após sua introdução: o offside ou, como chamamos no Brasil, impedimento. A versão atual determina que o atacante, no momento em que o companheiro de equipe passa a bola, não pode estar à frente do último defensor adversário (o goleiro não conta).
Parece simples, mas não é, pois o bandeirinha — árbitro auxiliar que acompanha a linha da bola — nem sempre consegue determinar se o atacante está ou não avançado.
Para ajudar a falível percepção humana, a tecnologia, com outro árbitro colocado em uma cabine de vídeo, foi introduzida a fim de detectar o impedimento.
No entanto, já que a solução parece não ter sido definitiva, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) decidiu atualizar o sistema com um projeto apelidado de VAR 2.0.
Críticos alegam que o novo VAR seria desnecessário se o Ifab mudasse a regra do impedimento, que ainda é complexa.
Para isso, bastaria determinar que as linhas vermelha e azul fossem demarcadas exclusivamente pelos pés dos jogadores, ignorando o resto do corpo.
O futebol é um esporte que, nos últimos 150 anos, sofreu relativamente poucas transformações em sua essência e, talvez por isso, seja facilmente assimilado.
A Fifa, uma entidade centenária e conservadora, levou décadas para aceitar interferência tecnológica no jogo. Agora que pegou o gosto, talvez não seja a hora de desmotivá-la.
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