Ser líder significa entender como funciona o cérebro e a mente humana

 

Poucas são as pessoas ligadas ao futebol, com mais de 30 anos que não conheçam esta figura ímpar da arbitragem do futebol a nível mundial. 

Eleito seis vezes o melhor árbitro do mundo pela IFFHS, sete vezes o melhor árbitro italiano pela Associação Italiana de Jogadores (AIC), tendo ganho a ordem mais alta de reconhecimento no país do então presidente Carlo Azeglio Ciampi. 

Em janeiro de 2010, foi eleito pela IFFHS o melhor árbitro de futebol da história.

Exatamente, falo de Pierluigi Colina, o árbito mais conhecido do planeta e que proferiu a seguinte frase:

"Sábio é quem pensa. O árbitro não pode ser sábio. Deve ser impulsivo. Deve decidir em três décimos de segundo".

Curiosa frase a sua, que atesta a pertinência no que diz respeito ao processo de tomada de decisão, indo ao encontro da importância dos líderes, coachs, treinadores, árbitros e demais agentes desportivos em conhecerem melhor o modo de funcionamento do cérebro e da mente humana.

Se houvessem dúvidas quanto à sua capacidade de liderança, bastaria ouvir os jogadores da época e o público em geral, de qualquer equipa, para percebermos o porquê deste homem ser tão respeitado por todos. E esta, é uma reflexão que merece toda a atenção nos dias que correm, pelos motivos sobejamente conhecidos.

Este artigo não é sobre os árbitros e sim sobre a liderança como um processo de autoconhecimento e de desenvolvimento pessoal e que permite aos responsáveis pela condução de homens e mulheres nas mais variadas vertentes e domínios exercer uma atuação, justa e equilibrada, que justificam o reconhecimento generalizado da sua competência profissional.

Conhecer e experimentar novas aprendizagens que tenham em conta conhecimentos recentes da neurociência aplicada às diversas realidades sociais, empresariais e políticas é um imperativo dos líderes em qualquer área de atividade, pois significa falhar ou ser bem sucedido, atuar com inteligência ou negligenciar a oportunidade.

E neste capítulo Pierluigi Collina foi feliz ao proferir a frase acima mencionada, pois sabendo ou não, coloca o dedo na ferida ao falar de duas formas de pensar que o psicólogo americano Daniel Kahneman designa por pensamento rápido e pensamento lento ou seja, System 1 vs System 2, combinando a economia com a ciência cognitiva para explicar o comportamento aparentemente irracional da gestão do risco pelos seres humanos.

Gostaria de mencionar também Dan Ariely professor de Psicologia e Economia comportamental na Universidade de Duke nos Estados Unidos que escreveu uma obra que é uma referencia mundial, Previsivelmente Irracional e que nos permite compreender como ser humano pode tomar melhores decisões e exercer uma liderança mais efetiva através do conhecimento da neurociência aplicada e do desenvolvimento pessoal.

E por isso que reitero que, ser líder significa entender como funciona o cérebro e a mente humana, diagnosticar o "PAIN" de cada elemento da sua equipa e em simultâneo ser capaz de oferecer uma solução para a resolução de cada problema.

Servir está provado ser a forma mais simples de ganhar a confiança das equipas e oferecer a solução para esse mesmo "PAIN", aquilo que gera os laços emocionais e de pertença a uma "tribo" de elite.

Imagine qual seria o seu grau de desempenho, se fosse capaz de liderar num perfeito alinhamento entre o seu "PAIN" e os "PAIN's" da sua Equipa, entre as suas emoções e as suas decisões?!

Este é o desafio que proponho, descobrir a sua própria "dor" e a "dor" da sua Equipa! 

Para quê? Para que possa alcançar patamares de desempenho mais elevados que possibilitem gerar resultados nunca antes visto na sua equipa/organização. 

Como? Através do seu próprio desenvolvimento pessoal e da sua carreira, através da Neurocomunicação, do Neurocoaching e da Neuroliderança.


Heitor Fox  Scientific Advisory Board - DGC Lab

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