Árbitros que esqueceram bandeiras e improvisaram são punidos por 4 meses pela Conmebol


Um fato pitoresco ocorreu com a equipe de árbitros no jogo entre Chile e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Pelo que foi apurado, a arbitragem brasileira, comandada por Anderson Daronco, não levou para o estádio um dos seus equipamentos básicos para a realização do jogo, as bandeiras utilizadas pelos árbitros assistentes, que teriam sido esquecidas no hotel. 

Os árbitros, quando perceberam o problema, não tinham mais tempo hábil para buscá-las no hotel, e desta forma acabaram improvisando bandeiras feitas de última hora com coletes fluorescentes presos a tubos de plástico.

Se formos falar das habilidades que o mercado de trabalho atualmente exige dos profissionais, é possível citar que os árbitros utilizaram a criatividade, a resolução de problemas, a adaptabilidade e até mesmo o manejo do tempo ao improvisar as bandeiras e realizar a partida com um equipamento que atendesse a necessidade do momento.

Porém, parece que a Conmebol não levou em consideração as habilidades da arbitragem e resolveu punir somente os assistentes do jogo, Fabrício Vilarinho e Rodrigo Correa, com 4 meses de suspensão em competições organizadas pela Conmebol.

Decisão da Conmebol
Decisão da Conmebol 

Normalmente ocorrem checagens, a conferência de todo o equipamento por toda equipe de arbitragem antes de sair para o estádio. 

Houve falha, mas não somente dos assistentes, e sim de toda a equipe. Desta forma, não vejo como justa a punição somente para os assistentes, em função da checagem ser responsabilidade de todos.

Outro ponto: quantas vezes já vimos árbitros que durante a partida esqueceram seus cartões no vestiário e foram pegar emprestado com os assistentes ou quarto árbitro? 

Não recordamos de ninguém ser punido por isso. 

Até entendo a punição ocorrer, entretanto, 4 meses corresponde à um terço do ano, sendo exagerada na minha visão. 

Um ou dois jogos estariam de bom tamanho.

É claro que árbitros do quadro da FIFA, querendo ou não, são mais exigidos e precisam dar ótimos exemplos, até por serem ‘espelhos’ para os demais.

Se o Wilson Seneme, Presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol, esquecer um equipamento de trabalho, ele sofrerá alguma punição?

Se você, fã de esporte, esquecer um equipamento de trabalho uma vez, algo que não é recorrente, será punido ou até mesmo demitido por isso?

Se o árbitro não tem vínculo empregatício com as instituições para as quais ele presta serviço, ele pode sofrer punições?

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