INSTRUTOR MARCELO ROGERIO-COMEMBOL-FPF-CBF
A personalidade expressa as características ou o modo de ser de uma pessoa enquanto diferente de todas as outras porque é a síntese da forma mais comum de se conduzir física, psicológica e socialmente nas diferentes circunstâncias da vida de cada um e, portanto, é única em cada ser humano.
Historicamente, nossos grandes instrutores enumeraram um monte de qualidades ou características desejáveis na personalidade de um árbitro, ou seja, uma forma de ser, reagir e se conduzir física, psicológica e socialmente dentro da arbitragem.
Agrupamos essas características em cinco aspectos que regerão a sua forma de agir e de dirigir cada encontro.
Essas qualidades têm, naturalmente, a ver com temperamento, caráter, inteligência, status e seu papel de árbitro.
O regulamento
Quem desempenhar a função de árbitro deverá ser seguido a certos padrões estabelecidos por uma autoridade superior à que representa no campo, chame-se regulamentos, federação, associação, etc. , que emitem disposições sobre o acompanhamento de certos procedimentos que devem ser executados antes, durante e depois do jogo.
Note-se que esses regulamentos também conferem ao árbitro toda a autoridade para agir e tomar decisões baseadas no seu próprio julgamento e apreciação.
O social e/ou de valores
Refere-se a uma série de qualidades como honestidade, lealdade, cordialidade, senso de humor, entusiasmo, simpatia, consideração, espírito de cooperação, tolerância, tacto, laboriosidade, pontualidade, sensibilidade, senhorio e firmeza de conduta.
Se o árbitro não cultivar na sua pessoa os valores da integridade, não poderá representar nem aplicar as regras que o regulamento emanam, que por sua vez foram realizadas com um profundo sentido moral e social.
Inteligência e força mental
Isto é, capacidade de julgamento, capacidade de análise e síntese, antecipação de consequências, senso de realidade, capacidade de tomar decisões sob pressão; processos de pensamento tais como concentração, rapidez mental, dedução lógica e atenção.
Uma vez que o árbitro tem que julgar, qualificar e sancionar um infinito de jogadas em situações em mudança, por exemplo, no caso da aplicação da vantagem, em que tem que ter em conta uma série de variáveis que lhe permitam vislumbrar o que possivelmente acontecerá, de tal maneira que ao analisar em milésimos de segundos certos elementos, estes lhe permitam tomar a decisão certa, quer seja de continuar ou interromper a jogada.
Outro elemento cognitivo importante é a memória, já que o árbitro deverá lembrar não apenas regulamentos, mas situações de jogo, circunstâncias, casos e futebolistas, ou seja, deverá ter um arquivo mental que lhe permita tomar as mesmas decisões em situações semelhantes do jogo.
Liderança
Partindo da ideia de que o árbitro não está aqui para punir, mas sim para acusar e dirigir o espetáculo esportivo e tendo em conta que, durante o jogo, tomará muitas decisões; decisões que na sua maioria encontrarão oposição e serão discutidas e postas em dúvida.
O árbitro deve ser capaz de persuadir, convencer e, se for caso disso, até impor as suas decisões, mesmo que estas não sejam bem recebidas.
O árbitro, durante o jogo e durante toda a sua trajetória, deverá ganhar credibilidade perante uma grande variedade de pessoas, chamem-se futebolistas, dirigentes, meios de comunicação social e público em geral, pelo que se estima que este deve cultivar na sua pessoa as qualidades de um verdadeiro líder.
O lado físico
Aqui, não se trata apenas da condição física (força, velocidade, resistência, elasticidade) que são de extrema importância para o bom desenvolvimento do jogo.
Também temos como parte das qualidades que todo árbitro deve ter, são:
Boa saúde,
Vestuario adequado,
Tosa impecável,
Boa voz e dicção clara,
Boas maneiras,
Boa educação,
Postura correta,
Tratamento adequado,
Distinto,
Aspecto e presença agradável.
Colaboração: ACV-PEDRO A. REIS LORA
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