A filosofia e o espírito das Regras
As primeiras Regras “universais” do futebol foram criadas em 1863 e no ano 1886 foi fundado a International Football Association Board (IFAB) – pelas quatro associações de futebol britânicas (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) – como a entidade mundial com a responsabilidade de desenvolver e preservar as Regras do Jogo.
A FIFA, criada em 1904, se uniu à IFAB em 1913.
Para que uma regra seja alterada a IFAB deve estar convencida de que a mudança trará benefícios ao futebol.
Isto significa que as possíveis mudanças/propostas, muitas vezes serão testadas como, por exemplo, o experimento do árbitro assistente de vídeo (AAV) e a quarta substituição na prorrogação.
Para toda proposta de mudança, como visto na significante revisão e modernização das Regras do Jogo em 2016/17 e 2017/2018, o foco deve ser: justiça, legitimidade, integridade, respeito, segurança, diversão dos participantes e como a tecnologia pode beneficiar o jogo.
As Regras devem também encorajar a participação de todos, independentemente da condição ou capacidade.
Embora acidentes possam acontecer, as Regras devem garantir que o jogo seja o mais seguro possível.
Isto requer que os jogadores respeitem seus
adversários e os árbitros devem criar um ambiente seguro, lidando de maneira
enérgica com aqueles que jogam de forma agressiva ou perigosa.
As Regras consagram a intolerância ao jogo
perigoso nos seus termos disciplinares: “jogar
de forma temerária” (advertência = cartão amarelo - CA) e “assumir risco contra a integridade física
de adversário” ou “usar de força excessiva” (expulsão = cartão vermelho -
CV).
O
futebol deve ser agradável e prazeroso para os jogadores, árbitros,
treinadores, bem como para os espectadores, fãs, administradores etc.
As
Regras devem garantir isso para que as pessoas, independente de idade, raça,
religião, cultura, etnia, gênero, orientação sexual, condição especial ou
qualquer outra diferença, queiram participar e se envolver com o futebol.
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