Como a bola de futebol mudou com os anos e influenciou cada Copa do Mundo?
Abaixo, listamos as cinco bolas usadas durante as Copas em que o Brasil saiu campeão e mais duas que ficaram bem famosas - a Jabulani e a Brazuca. De 1958 até 2014, desde o material usado para revestimento até o peso, design e cores mudaram e se aperfeiçoaram.
Uma curiosidade é que a Top Star tinha três modelos de cores. Em partidas com chuva ou campo molhado, como na final, a branca era usada; nas condições normais entravam em campo era a amarela ou marrom.
Na edição seguinte do torneio, disputada no Chile, a bola recebeu o nome de "The Crack", que em inglês significa algo como "fragmentada". Isso porque ela era composta por 18 polígonos costurados e irregulares - cada um era de um tamanho. Popularmente chamados de "gomos", essas partes da costura que revestem as bolas também recebem o nome de "painéis".
Tecnicamente, a grande inovação da Crack foi o pino de ar para encher a bola, a válvula de inflação. Ao produzirem, pela primeira vez, esse importante acessório com látex, conseguiram fazer com que o ar ficasse mais tempo retido dentro da bola - sim, bola murchar na partida era um problema até 1962.
Bola da Copa do Mundo de 1970
De acordo com o site World Cup Balls, o nome é uma junção entre "television" e "star" - televisão e estrela, em inglês. Mas também acabou sendo uma referência ao satélite Telstar, que transmitiu o sinal da Copa para o mundo inteiro naquele ano. Isso tudo porque ela foi a primeira Copa transmitida por satélite.
Feita de couro, ela era processada e costurada à mão. O que não significa que era rudimentar, muito pelo contrário: a Telstar usou toda a tecnologia da época a seu favor.
Bola da Copa do Mundo de 1994
Foi com foco em temas de inovação e busca de perfeição que nasceu a Questra, uma antiga palavra que significa "em busca das estrelas, segundo o Soccer Ball World, site focado na história das bolas de futebol.
Seguindo uma tendência estética de homenagear o país sede, a bola comemorou os 25 anos da chegada do homem (norte-americano) à lua com decoração de planetas, estrelas e constelações. Deve ter sido por isso que Roberto Baggio chutou aquele pênalti para o céu!
Fabricada a partir de cinco materiais diferentes, a camada externa da bola era mais flexível e durável, feita de poliuretano. Mais leve, a Questra elevou o número de gols na edição e privilegiou os artilheiros, vide a quantidade de gols que Romário fez na Copa. Com 141 gols no total, a Copa USA 94 balançou as redes 26 vezes a mais do que na edição anterior.
Bola da Copa do Mundo de 2002
Ao contrário do que se possa imaginar hoje, o efeito na época foi uma enxurrada de críticas, principalmente dos goleiros. Eles diziam que ela teria ficado leve demais, o que deixou seu movimento imprevisível.
Jabulani
Desenvolvida pelo time de inovação da Adidas, a bola apresentava oito painéis em sua superfície que deram a ela uma forma esférica tão lisa e perfeita como nunca antes havia sido alcançada.
Diferente das bolas que antes eram costuradas, esses "gomos" da Jabulani eram soldados tecnologicamente para aperfeiçoar a aerodinâmica. Isso afetou tanto o movimento da bola que a tornou imprevisível tanto para quem chutava quanto para quem defendia.
Por isso os jogadores a consideraram um desastre vergonhoso e ela foi tão criticada.
Brazuca
Aliás, os designers se inspiraram nas famosas fitinhas do Senhor do Bonfim para chegarem a essa coloração da bola. O nome foi eleito por mais de um milhão de votos na internet e ganhou a disputa entre as opões "Bossa Nova" e "Carnavalesca".
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