O Árbitro não deve esquecer que a inteligência e a vontade podem sobrepor-se a todo impulso e reprimí-lo.Se de fato o seu desejo é corresponder às espectativas, então deve reunir suas forças para esse fim.Não deve esquecer, ainda, que a vida mental e a vida orgânica do homem só devem ser estudadas separadamente para que se compreenda os seus aspéctos próprios. No mais, o homem vive em função das sua mente e do seu organismo, sendo que estes são o instrumento por meio do qual ele realiza, satisfaz ou regula seus desejos, suas ambições, seus sentimentos, suas qualidades morais, suas deficiências, etc.O físico pode ser comandando pela mente, mas também pode influir sobre ela.O Árbitro que mantiver o seu físico no melhor estado e conhecer a força das suas qualidades mentais reunirá o potencial necessário para ter sucesso na função que abraçou. (J.Carvalhaes)
VOCE NÃO PODE ENSINAR NADA A UM HOMEM,
VOCE SÓ PODE AJUDÁ-LO A ENCONTRAR O CONHECIMENTO DENTRO DE SÍ! (Galileo)
A preparação não poderá ter quaisquer efeitos sem que o indivíduo passe pelo período de reflexão, de autoavaliação de suas atitudes, preferencialmente com o apoio de um profissional.Cada individuo busca suas saídas: leitura, psicoterapia, diálogos, participação em grupos de estudos, são algumas das formas que utiliza para auto-desenvolver capacidade criativa e estabilidade emocional.Alguns tentam saídas supersticiosas, barganhas espirituais, drogas ou "mágicas",que, na maioia das vezes tornam-se "sem retorno".Se o que se deseja é ser um bom Árbitro, o primeiro investimento do indivíduo deverá ser nele mesmo,buscando conquistar a plenitude de sua condição humana e aprimorando-se nos aspectos técnicosprofissionais que a profissão requer.Quem não está bem consigo mesmo também não estará com os outros e, se não estiver bem consigo e com osoutros, certamente não terá a serenidade por companheira, e o egoísmo e o egocentrismo serão atributos geradores de dificuldades de relacionamento.É preciso refletir sobre o universo do trabalho de um Árbitro, um mundo onde espectadores dominados pormotivações contraditórias vão desde a busca do lazer,do relaxar-se, do agrupar-se, ao domínio de emoçõesviolentas, de sentimentos de competição irracionáis e incontroláveis. Um mundo de sentimentos de aniquilamento do adversário, ao tempo em que sentem paixão pelo seu time, de euforia e de desespero, de vitória e derrota!
(antoniocventura ,eafi, 1998)
