quinta-feira, 14 de abril de 2022

O BASQUETE


O basquete, como é conhecido no Brasil, é um esporte criado em 1891 pelo pastor canadense presbiteriano e também professor de educação física da Associação Cristã de Moços, James Naismith. O nome em inglês, basketball, significa bola no cesto. É um dos esportes mais populares do mundo.


O jogo é disputado por duas equipes de cinco jogadores que tem por objetivo passar a bola por dentro do cesto disposto nas extremidades do campo. Os cestos ficam a uma altura de três metros e cinco centímetros. Os jogadores batem a bola contra o chão caminhando dentro do campo, podendo repassá-la a um jogador da equipe.

O primeiro jogo de Basquete ocorreu em 20 de janeiro de 1892, quando cada equipe, composta por nove jogadores, era assistida apenas por funcionários da ACM (Associação Cristã de Moços).

O basquete feminino se iniciou em 1892, com a adaptação das regras propostas pela professora de Educação Física, Senda Berenson.

No Brasil, a prática do Basquete iniciou em 1906, quando o esporte foi instituído na Escola Normal de São Paulo pelo professor Oscar Thompson.

O objetivo do jogo é colocar a bola no cesto da equipe adversária, marcando pontos. 
O jogo é iniciado com o lançamento da bola no ar. 
A duração é de quatro períodos de dez minutos, com um intervalo de meio tempo entre o segundo e o terceiro período.

O basquete é um exercício que requer força nos ombros e coxas. 
É um bom exercício cardiovascular, o risco de lesões consiste na entorse de tornozelo e colisões com outros jogadores.

O gasto calórico em uma hora de jogo é de 600 calorias. 
Pode ser praticado ao ar livre, em praças, parques e escolas. 
É importante beber bastante líquido antes e durante o jogo.

Futebol de Areia

 


O futebol de areia, também conhecido como futebol de praia, mistura as regras do futebol com as do futsal.


É praticado há muitas décadas como uma variação de lazer do futebol. 

Porém sua institucionalização enquanto esporte organizado é recente, data de 1992, quando as regras do jogo foram criadas e um campeonato piloto foi organizado em Los Angeles.

A prática do futebol de areia ocorre em um campo com, no mínimo, 40 cm de profundidade, e entre 35 e 37 m de comprimento por entre 26 e 28 m de largura. Os gols têm 2,20 m de altura por 5,5 de extensão.

A bola de futebol de areia é mais leve que uma bola normal, apesar de ter uma circunferência idêntica.

Cada equipe é formada por cinco jogadores, sendo um deles o goleiro. 

Esse pode segurar a bola dentro de sua área. 

O número de substituições é livre. 

Cada partida tem dois juízes, com igual autoridade para aplicar as leis do jogo.

As partidas duram 36 minutos divididos em três tempos de 12 minutos. 

O Tempo é parado quando um gol é marcado, quando o juiz apita uma falta ou tiro livre direto. 

Há um intervalo de 3 minutos entre cada tempo.

Os jogadores não podem usar calçados, apenas meias ou tornozeleiras.

Os torneios mais importantes de futebol de areia realizados durante o ano são o Campeonato Mundial, disputado por oito países, e o Mundialito.

No Brasil são disputados o Campeonato Brasileiro e o tradicional desafio entre paulistas e cariocas.


O esporte de lazer...


O esporte de lazer possui valor em si próprio, como um direito social e uma manifestação cultural que pode apresentar ricas formas e sentidos. Ele pode proporcionar experiências significativas para a vida das pessoas, bem como ser um espaço de reflexão sobre a sociedade.possui valor em si próprio, como um direito social e uma manifestação cultural que pode apresentar ricas formas e sentidos. Ele pode proporcionar experiências significativas para a vida das pessoas, bem como ser um espaço de reflexão sobre a sociedade.

Além do futebol: 5 tipos de esportes para curtir com os amigos

  • Pesca. A pesca esportiva é um dos esportes mais acessíveis e democráticos que existem. ...
  • Camping. ...
  • Tiro esportivo. ...
  • Motocross. ...
  • Cavalgada.
Qual a importância do esporte como lazer?
esporte e o lazer são fatores de desenvolvimento humano, porque contribuem na formação integral das pessoas e na melhoria da qualidade de vida do conjunto da sociedade e não devem ser vistos como um instrumento para solucionar ou desviar a atenção dos problemas sociais.
Qual a relação entre atividade física e lazer?
Observou-se que a relação entre atividade física de lazer e saúde, na maioria dos estudos, é compreendida como forma de minimizar ou evitar doenças. Nos artigos selecionados, o lazer é categoria relacionada ao tempo e local em que os sujeitos realizam a atividade física.

O esporte é o exercício físico mais praticado por toda a sociedade brasileira, que pode ter diferentes objetivos para a sua prática. Dentre esses objetivos podemos citar:

O esporte como competição

Objetiva a vitória, exige uma série normas para sua atuação, a cobrança pela vitória é sempre muito grande, é seletivo e segue as regras promovidas pelas suas confederações.

O esporte como estética

Objetiva a busca pela saúde, por uma melhor definição corporal, seja ela para emagrecer, para manutenção ou para melhorar a resistência cardiorrespiratória.
O esporte como lazer: objetiva um momento de alegria, descontração, a busca pela confraternização entre amigos e familiares, nem sempre segue as regras oficiais e muito menos é seletivo.

O esporte como lazer 

É o principal instrumento que os professores de educação física escolar têm para poderem desenvolver seu trabalho da maneira mais agradável, uma vez que seja praticado da maneira correta.

Não restam dúvidas que, durante uma aula de educação física, vão existir alunos mais habilidosos do que outros. Saber como trabalhar com essas diferenças é um dos grandes desafios do professor.

Diante disso, cabe ao professor buscar alternativas que impeçam a exposição do aluno menos habilidosos a passar por momentos desagradáveis, buscando também a inclusão de todos os participantes, inclusive dos alunos de sexos opostos.

É de fundamental importância que durante as aulas de educação física o esporte seja sempre praticado buscando o lazer. 

Para isso, como estratégia, o professor pode fazer algumas transformações nas regras oficiais, objetivando sempre a descontração e o incentivo de todos os participantes para que desta forma, todos os alunos tenham prazer em participar da aula.

Diante dessas afirmações, cabe ao profissional de educação física buscar alternativas para que a prática do esporte como lazer seja desenvolvida dentro de seus objetivos, praticada no ambiente escolar, projetos sociais, em clubes ou em qualquer outro ambiente.

esporte de lazer

Se caracteriza pelo não-profissionalismo e tem como características principais a busca por prazer e socialização, compensação, recuperação ou manutenção da saúde, equilíbrio psicofísico, restauração e relaxamento (STIGGER)

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO ESPORTE DE LAZER OU ESPORTE PARTICIPATIVO? ​

O esporte de lazer se caracteriza pelo não-profissionalismo e tem como características principais a busca por prazer e socialização, compensação, recuperação ou manutenção da saúde, equilíbrio psicofísico, restauração e relaxamento (STIGGER, 2002).

O que é futebol lazer?
futebol como lazer é uma das alegrias do brasileiro. E aquela pelada de todas as semanas com os amigos é sagrada. Você mais do que ninguém sabe disso, afinal de contas, não tem nada melhor do que juntar os amigos, rir e descontrair. E, claro, relembrar aquela caneta, aquela jogada e aquele golaço.


quarta-feira, 13 de abril de 2022

MEIO TERMO NÃO EXISTE!!

 


ASPECTOS PRÁTICOS DA PSICOLOGIA DA ARBITRAGEM DESPORTIVA

 

A atuação da Psicologia do Esporte tem sido construída ao longo do tempo, na complementariedade aos demais pilares da preparação do árbitro e tem superado desafios e construído caminhos, a partir de uma visão integradora do homem e do profissional.

Entendemos que o homem está diante de uma prática, que é seguida pela emoção do espetáculo, ligada por aspectos financeiros, poder, controle e prestígio da mídia e da sociedade como um todo. 

Ser árbitro normalmente é a segunda atividade do indivíduo, uma vez que ele tem uma função ocupacional em outro trabalho que possa garantir sua sobrevivência.

O lado positivo de ser árbitro está na escolha que ele fez, no prazer em apitar, bandeirar. 

Ao mesmo tempo, a função exige dele um ótimo preparo físico, técnico, psicológico, e social, e ainda cobra, que ele divida seu tempo entre trabalho, família, estudos, treinos, e está sujeito a pressões de vários segmentos (própria Federação, treinadores, jogadores, mídia, torcedores, clubes, entre outros). 

Essa divisão de papéis requer do mesmo Homem diferentes olhares, posição, dedicação, o que leva a se cobrar-se cada vez mais, e essas excessivas cobranças pode levá-lo ao estresse, ansiedade, insegurança, medo em falhar, entre outros. 

Tais comportamentos são compreensíveis diante de ameaças e pressões exageradas a qualquer ser humano, exceto ao juiz de futebol, afinal “ele é o único que não pode perder a cabeça”.

Entendemos assim, que a atuação da Psicologia do Esporte neste contexto é ambígua, pois ao mesmo tempo em que visa a promoção de saúde, a ampliação de percepção e consciência do sujeito, submete-o a exercícios e estratégias de neutralização de conteúdos emocionais a fim de mantê-lo sensível apenas à análise das situações de jogo sob a ótica do Livro de Regras.

Percebe-se no convívio com os profissionais da arbitragem que a pressão e o estresse são inerentes à atuação e que o desenvolvimento de resiliência é imprescindível a uma prática de alto nível e zeloso desempenho.

Neste sentido, a psicólogia, volta-se aos árbitros, oferecendo o apoio, o serviço de escuta, a possibilidade de dinamizar, fazer uma releitura dos jogos de forma significativa, a compreensão do tempo, a paciência que se leva para construção da prática de arbitrar pelo prazer dentro das respectivas regras, entre outros elementos essenciais para chegar mais próximo na busca pela Excelência, conforme estudos Orlick (2009). 

Temos experimentado e vivenciado o cotidiano de formação, preparação e atualização dos profissionais da arbitragem de modo a identificar que a segurança e autoconfiança demonstradas em campo, são conquistadas passo a passo, desde a motivação inicial em mostrar o domínio e conhecimento de todas as Regras, até a sensibilidade da aplicação delas, com postura ética e disciplinar de autoridade, em cada situação específica. 

O bom árbitro é aquele que consegue vivenciar presencialmente cada jogo como único, e como afirma Ginger (1995, pag 17) “o contato autêntico consigo mesmo e com os outros favorece um ajustamento criador do organismo ao meio”.

Sousa (2007) reafirma que a atuação voltada para o aqui-agora, para o momento exclusivo da partida de futebol, desligando-se de quaisquer questões antes ou depois da partida é essencial para a devida integração dos pilares de preparação em que a concentração e a manutenção do foco nos aspectos relevantes mostram-se fundamentais para as tomadas de decisão seguras e acertadas.

A prática da Psicologia do Esporte também tem nos mostrado necessidade em compreender e superar a fase das polêmicas dos jogos, pois existe um olhar algumas vezes equivocado, viciado pelo tempo por parte de vários segmentos da sociedade, quanto aos conhecimentos das técnicas e regras da Arbitragem de Futebol. 

O árbitro está sujeito a críticas e insultos, quer sejam infundados ou não (Barros, 1990). 

O acolhimento e a resignificação da prática e da relação homem-árbitro tem sido necessária como estratégia de controle emocional e aprimoramento de resiliência, visto que a atuação do árbitro, tal como a do atleta não se encerra em cada partida, uma vez que ela é reavaliada na próxima oportunidade e assim sucessivamente. 

Com isso, pode-se verificar que as falas são direcionadas pela emoção, pela paixão, e algumas vezes, até pelo hábito de criticar o árbitro, ele sempre é alvo de contradições. Essas críticas esbarram fortemente na individualidade do Homem em questão, o que fortalece a necessidade deste Homem estar sempre trabalhando seu auto-suporte, antenado na busca pela confiança e segurança em seu ser e fazer, cada dia mais  ressignificando o presente procurando integrar o que pode melhorar do passado, com as metas do futuro, e a mobilização de energia no presente, para decidir de forma certeira.

Outras tantas necessidades vão sendo desveladas ao longo do tempo e das circunstâncias de trabalho da psicologia, como possíveis conflitos entre a baixa freqüência de escala para apitar jogos e as dificuldades decorrentes de menor remuneração, bem como a queda na motivação para a manutenção do treinamento físico. 

Ou seja, o árbitro deve estar sempre pronto para ser escalado em uma partida, mas nem sempre o será. 

É como se fosse um atleta sempre no banco de reservas, pronto a entrar e que não deve frustrar-se se não for chamado. 

Como lidar com esta dinâmica de expectativas e controle emocional? 

Estas e tantas outras questões manifestam-se na rotina do árbitro, que simultaneamente colocam desafios emocionais e o preparam para as situações de pressão e necessidade de autocontrole no próprio jogo. 

Ainda para exemplificar as demandas psicológicas da atuação do árbitro, ele deve sempre apresentar-se fisicamente apto às partidas e em caso de lesão ou doença, ele deverá pedir licença, com isso, ele é automaticamente retirado da escala, e/ou sorteio da semana. 

Por tudo isto, evidenciamos que a força emocional e a capacidade intelectual de interpretação das situações, à luz do Livro de Regras, aliadas ao permanente exercício da ética compõem os alicerces da atuação do árbitro de futebol brasileiro. 

Trata-se de uma atividade profissional que envolve paixão, controle, responsabilidade, autoridade e autonomia, revelando em cada um dos homens e mulheres algumas das mais altas qualidades psicológicas que o esporte é capaz de recrutar nos seres humanos quer sejam atletas ou árbitros.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANTUNES,P. Regras do Futebol . São Paulo: Cia Brasileira,1992

BARROS, J. M. A. Futebol porque foi...porque não é mais. Rio de Janeiro: Sprint, 1990. 

GINGER,S.A. Uma terapia do contato, São Paulo: Summus, 1995

SOUSA; M.A.M. Gestalt-terapia e a arbitragem de futebol . In. Karina O.Fukumitsu; Hugo R.B.Oddone (org.). Expandindo Fronteiras. Campinas, S.Paulo. Editora Livro Pleno, 2007

MARKUNAS, M. Periodização da Preparação e do Treinamento Psicológico. In: Rubio, K. Psicologia do Esporte: teoria e prática. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

NAZARENO, A. Fundamentos de arbitragem de futebol. Porto Alegre: Sulina,1997.

RUBIO, K. (org.) Encontros e desencontros: descobrindo a Psicologia do Esporte. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2000 

ORLICK, T. Em busca da Excelência – Porto Alegre: Artmed, 2009

WEINBERG, R. S. & GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do exercício.  Porto Alegre: Artmed,2001.

ZINKER. J. A Busca da elegância em Psicoterapia. São Paulo: Summus, 2001


UM OLHAR PARA OS ÁRBITROS DE FUTEBOL

 


A pretensão desta pauta é explicitar a importância da preparação psicológica do árbitro de futebol. 

Dentre os diversos personagens envolvidos numa partida de futebol, muito se questiona a respeito da preparação de atletas e equipes, em especial quando seu desempenho apresenta-se abaixo da expectativa ou, em poucos casos, quando o sucesso é repetido de modo tão consistente. 

Do mesmo modo, o árbitro de futebol é questionado e seu desempenho avaliado, mas sua preparação não é debatida ou incentivada. Cobra-se performance e perfeição desta categoria esportiva, e pouco sabemos a respeito de suas necessidades ou condições para demonstrar tão alto desempenho. 

O árbitro deve ter uma preparação técnica para interpretar todos os lances de um jogo, uma preparação física que permite que ele esteja próximo onde se desenvolve as jogadas, uma preparação psicológica que saiba transitar por um nível de ansiedade ideal, perceber as ações e as intenções do atleta, além de uma motivação para estar em constante aperfeiçoamento técnico, psíquico e físico, ou seja, em busca de integração, e decisão. 

Contudo, para compreendermos essa preparação e a atuação do árbitro, é importante identificarmos o contexto de sua inserção e atual apresentação no futebol mundial e brasileiro.

UM OLHAR PARA OS PILARES DA ARBITRAGEM DE FUTEBOL

Deste modo, busca-se a padronização da preparação e obviamente da atuação dos árbitros de futebol, de norte a sul do país, explicitados em quatro pilares, a saber: Pilar Técnico, Pilar Físico, Pilar Mental e Pilar Social. 

O Pilar técnico pauta-se no conhecimento das dezessete regras (Livro de Regras do Jogo), na atuação em campo, nas avaliações teóricas, e nos gestuais. 

O Pilar Físico volta se para as necessidades do Treinamento e da Avaliação Física. 

O Pilar Mental nome dado à atuação do Psicólogo do Esporte, trabalha com as habilidades e competências pautadas na concentração, foco, poder de decisão, e controle das pressões. 

Todos respeitando o Pilar Social, que procura entender as diversidades de cada Estado, com seus hábitos, costumes, questões climáticas, entre outros, e que visa aproximar a linguagem comum do meio, promovendo uma comunicação mais clara, coesa e nítida no campo de jogo.

O árbitro está sujeito às influências de sua realidade cultural, as alterações e interferências de seu estado emocional e cognitivo são tratados no Pilar Mental para que as preparações e reciclagens constantes do Pilar Técnico e Físico manifestem-se plenamente.

Por tudo isso, entende-se o crescente interesse na preparação e constante atualização da arbitragem de futebol, percebe-se assim crescente exigência nos testes físicos, nas avaliações teóricas, e, especialmente na atuação em campo. Tudo isto requer rigor nos treinos diários, e no período de Aprimoramento e Concentração.

 

OS QUATRO PILARES DA ARBITRAGEM DE FUTEBOL

I - PILAR FISICO 

Desde a criação da função de instrutor físico, percebe-se a melhoria acentuada na aprovação dos árbitros, nas avaliações físicas, bem como, no desempenho de suas atividades em partidas de futebol.

O árbitro bem preparado fisicamente facilita o entendimento das atividades físicas de forma continuada. 

Para exercer a atividade de árbitro de futebol, eles são avaliados periodicamente com protocolos de tempos estabelecidos para cada categoria, árbitro e árbitro assistente nos gêneros masculino e feminino. Para atingirem os resultados requeridos para cada categoria, eles recebem  treinamentos específicos, com um modelo de planejamento chamado periodização. A grande dificuldade neste pilar são as dimensões continentais do Brasil para um acompanhamento profícuo. Isto se da também nos demais pilares.

 

II - PILAR TÉCNICO 

Para alcance do indispensável e referido aprimoramento Técnico, são realizados cursos, seminários, treinos práticos em campo, e palestras periódicas, além de constantes discussões e troca de opiniões sobre lances especiais que ocorram.

Nesses estudos são tratados assuntos como:

a) Estudo das 17 regras (Livro de Regras CA/CBF), para alcance do pleno domínio e, principalmente, de seu espírito;

b) Análise de vídeos, para uniformidade dos critérios de interpretação e aplicação – técnico e disciplinar;

c) Linguagem verbal e corporal, como meio de controle do jogo e do próprio árbitro;

d) Treinamento prático integrado em campo (técnico – físico – mental);

e) Planejamento da arbitragem, envolvendo: preparação da viagem; chegada aos estádios; providências administrativas; sinais convencionais e especiais entre árbitros e árbitros assistentes; situações de conflito e áreas de atuação; saída do campo de jogo; saída do estádio; refeição; retorno ao hotel; e viagem de retorno;

f) Estudo dos regulamentos das competições;

g) Elaboração de relatórios, com noções de legislação esportiva; 

h) Orientações administrativas, sobre as entidades dirigentes e normas aplicáveis; 

i) Ética no futebol e na vida social.

 

III - PILAR SOCIAL 

Esse Pilar foca o trabalho conjunto de todos os Pilares, na medida de sua necessidade. Trata-se da integração de todos os aspectos da preparação, levando em conta as necessidades regionais e emergenciais da atuação da arbitragem. 

Neste trabalho, conta-se com os membros da Comissão que atuam nas emergências apontadas por árbitros, árbitros assistentes, diversidades regionais, alteridades em equipe, problemas de saúde, entre outras situações.

O homem árbitro é tão importante para o bom andamento do futebol, que cuidados como alimentação, sono, ética, aparência, viagem, acolhimento ao entrar em outra cidade, ou Estado, visita ao estádio, entre outras questões similares, passa pelo crivo esmiuçado deste Pilar. 

O árbitro antes de tudo é uma pessoa, um cidadão.

Diante desta realidade, pode-se assumir que todos os esforços, são direcionados à manutenção da harmonia pessoal e a boa atuação do árbitro, e árbitro assistente numa partida de futebol. Outro aspecto é o documental exigido anualmente de todos os componentes (certidões civis, criminais, atestados de antecedentes, exames médicos, etc).

 

IV- PILAR MENTAL 

Este trabalho corresponde ao trabalho realizado pelo Psicólogo do Esporte. Ainda que o trabalho desenvolvido contribua no sentido de promoção de saúde, busca de equilíbrio emocional e controle de estresse, o termo mental é utilizado pela Comissão de Arbitragem para designar a complementariedade ao aspecto físico na preparação do árbitro. Esclarecemos assim, que corresponde ao Pilar Mental todos os aspectos relativos à Preparação Psicológica do Árbitro, desde questões relativas à cognição, concentração e tomada de decisão até aspectos relativos à auto regulação emocional como o controle de ansiedade e o desenvolvimento de resiliência como habilidade necessária ao controle de estresse envolvido na atuação deste profissional. 

Segundo Markunas (2003), a preparação psicológica diz respeito a um processo em que os aspectos culturais e socioeconômicos do indivíduo são levados em consideração para o planejamento das atividades específicas que visam o desenvolvimento e aperfeiçoamento de habilidades psicológicas para o alto nível de desempenho, a fim de antecipar o enfrentamento e superação de desafios e exigências específicos da vida esportiva e das circunstâncias da competição.  O controle emocional é efeito dos procedimentos de orientação e treinamento psicológico, com uso de estratégias individuais e de auto regulação.

Ao longo do tempo, diferentes experiências e exigências ao trabalho de preparação psicológica foram realizadas. Dentro do contexto crescente, percebeu-se que o Trabalho Psicológico poderia ser dividido em três momentos:

  1. Nas ocasiões de atuação do árbitro, no vestiário, antes, durante e depois da partida de futebol, e mesmo em treinamento, nas atividades no hotel, ou hospedagem em concentração.

  2. Na sala de aula, nos trabalhos cognitivos, nos cursos de aprimoramento.

  3. No setting terapêutico (intervenção clínica) em circunstâncias específicas quando necessária.

 

Erros e a Profissão Árbitro de Futebol

Cultura do apito: o que explica os tantos erros de arbitragem no Brasil



O descontentamento é geral, pode ser visto no campo de jogo, nas arquibancadas, nas salas dos dirigentes dos clubes, nos corredores da CBF: a arbitragem do futebol brasileiro vive fase muito ruim. 
A sequência de erros ao longo dos campeonatos das Séries A e B, mesmo com o advento do VAR.

O Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Gomes tem o entendimento pela necessidade de uma mudança, com a implementação de novos procedimentos visando maximizar os acertos e minimizar os erros de todos os envolvidos.

Ednaldo Rodrigues enxerga a necessidade de mudanças no trabalho realizado com os árbitros. 

Existe a ideia de que a entidade oferece todas as condições para que o nível de acerto nas marcações fosse maior. 


Formação desigual

Ajuda a explicar a ausência de padrão nas marcações o fato de a formação dos árbitros ser descentralizada, a cargo de cada federação estadual. Com isso, as desigualdades estruturais entre o futebol dos diferentes estados cria um quadro de árbitros heterogêneo e desnivelado a serviço das partidas. Com a gradativa degradação do nível técnico dos regionais pelo país, a arbitragem chega para as competições nacionais com pouca capacidade para responder aos lances de jogo mais complexos. Além dos erros quanto à aplicação da regra, equívocos no procedimento de uso do VAR têm acontecido com frequência e realçado o mal preparo dos árbitros, até mesmo para lidar com a tecnologia.

Defender a redução na interferência do árbitro de vídeo, diminuindo assim o tempo perdido com paralisações, o que tem ocorrido é exatamente o oposto: árbitros são socorridos em demasia. Gravações dos diálogos entre o árbitro no gramado e a cabine, disponibilizadas pela CBF, ainda revelaram a interferência direta da equipe do VAR, quando a decisão do campo deveria ser soberana.

O Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Gomes, tem o entendimento pela necessidade de uma mudança, com a implementação de novos procedimentos visando maximizar os acertos e minimizar os erros de todos os envolvidos.

Ednaldo Rodrigues enxerga a necessidade de mudanças no trabalho realizado com os árbitros. 

Existe a ideia de que a entidade oferece todas as condições para que o nível de acerto nas marcações fosse maior. 

Mesmo com a tecnologia, estamos deixando a desejar principalmente com a falta de critérios. Há muita diferença de interpretação estruturais entre o futebol dos diferentes estados cria um quadro de árbitros heterogêneo e desnivelado a serviço das partidas. 

Com a gradativa degradação do nível técnico dos regionais pelo país, a arbitragem chega para as competições nacionais com pouca capacidade para responder aos lances de jogo mais complexos. Além dos erros quanto à aplicação da regra, equívocos no procedimento de uso do VAR têm acontecido com frequência e realçado o mal preparo dos árbitros, até mesmo para lidar com a tecnologia.

Apesar da Comissão Nacional de Arbitragem defender a redução na interferência do árbitro de vídeo, diminuindo assim o tempo perdido com paralisações, o que tem ocorrido é exatamente o oposto: árbitros são socorridos em demasia. Gravações dos diálogos entre o árbitro no gramado e a cabine, disponibilizadas pela CBF, ainda revelaram a interferência direta da equipe do VAR, quando a decisão do campo deveria ser soberana.

A CBF é cobrada para assumir um papel mais efetivo na instrução dos árbitros. Atualmente, eles são submetidos a apenas duas qualificações por ano, que duram três dias. 

A entidade funciona mais como fiscalizadora do trabalho. Ela analisa a atuação a cada partida. Ao término delas, os árbitros recebem pontuação e retorno da Comissão Nacional de Arbitragem apontando falhas. 

A partir daí, os árbitros precisam estudar esses erros dentro de uma plataforma específica para evitar novos equívocos.

A falta de profissionalização da atividade, pauta antiga no país, também é considerada um dos motivos para o baixo nível das atuações na temporada, tanto pelos clubes quanto por quem milita no meio. 

Os erros vêm da falência na formação do árbitro e por ele não ter dedicação exclusiva ao futebol. 

Falta preparo.

terça-feira, 12 de abril de 2022

Futebol: regras, fundamentos e história do esporte

Conheça a história do futebol desde a sua origem até se tornar o esporte mais popular e democrático do mundo.

futebol é, sem sombra de dúvidas, o esporte mais popular do mundo. 

O exercício, que encanta desde adultos até crianças, é hoje praticado pela maioria quase absoluta do planeta. Para se ter uma ideia da grandeza do esporte, há mais países filiados à Federação Internacional de Futebol (FIFA) do que a própria Organização das Nações Unidas (ONU).

Enquanto a ONU conta com 193 países aptos a participarem da Assembleia Geral realizada anualmente, a entidade que gerencia o futebol mundial conta com 211 associações nacionais filiadas, todas elas com seleções próprias que disputam as competições chanceladas pelo órgão.

A estimativa é de que existam mais de 300 mil clubes de futebol, 3 milhões de praticantes e 3,5 bilhões de torcedores ao redor do globo. Sua principal competição, a Copa do Mundo, reúne, desde a fase de classificação, cerca de 130 países e milhões de espectadores, reunidos ao redor do mais importante evento do mundo esportivo.

Introduzido no Brasil pelo brasileiro descendente de ingleses, Charles Miller, em 1894, o futebol se tornou, ao longo do tempo, uma unanimidade nacional. Sendo o principal esporte praticado no país, desde então, a seleção brasileira se tornou uma referência do esporte internacional, tendo vencido 5 Copas do Mundo, o maior número já conquistado até hoje.

O futebol, disputado classicamente entre duas equipes, cada uma com 11 jogadores, que utilizam principalmente os pés e a cabeça para movimentar a bola em direção ao campo adversário, tem o objetivo de colocá-la dentro do gol.

A partida se divide em dois tempos de 45 minutos, com um intervalo de 15 minutos. A equipe vencedora é aquela que pontuar o maior número de gols. Até chegarmos ao futebol moderno praticado atualmente, entretanto, o esporte passou por inúmeras etapas de aperfeiçoamento e evolução.

Conheça agora um pouco mais sobre a história desse esporte, bem como as principais regras, fundamentos e campeonatos disputados pelo movimentado universo do futebol.

História do Futebol

Partindo do princípio que antigamente havia diversos jogos de bola com o pé, que antecederam o futebol, a origem da prática remonta um período de muitos séculos atrás, que pode ser dividida em cinco fases primordiais.

A primeira compreende os diversos tipos de exercício de futebol praticados na Antiguidade, pelos povos da Ásia, América Pré-Colombiana e Europa. Há inclusive, teorias científicas que apontam que o futebol já era praticado na pré-história.

Isso porque o ser humano teria sido atraído a brincar com objetos esféricos, desenvolvendo práticas que podem ser consideradas precursores do esporte atual. Achados arqueológicos, inclusive, indicam que os jogos com bola, praticado com o pé, já era conhecido no Egito e na Babilônia, há mais de trinta séculos.

Além disso, sabe-se que na China, no ano 206 a.C., foi publicado um regulamento de um jogo de bola com os pés, atribuídas ao treinamento militar, praticado desde o tempo do imperador Shih Huang-ti Che Houng-ti, por volta de 2.500 a.C.

Foi na Grécia, entretanto, que se encontraram comprovadamente os primeiros indícios de um estilo semelhante ao futebol, intitulado de “Episkuros”. Esse jogo consistia na disputa de uma bexiga de animal, enchida de ar ou areia, que era disputada por dois grupos de atletas que deveriam levá-la até determinado ponto.

Quando Roma dominou a Grécia, em 150 a.C., o Episkuros foi adotado pelos conquistadores romanos, recebendo o nome de Harpastum. O jogo era praticado num campo delimitado por duas linhas, chamadas de metas. Cada equipe perseguia a bexiga de animal coberta por uma capa de couro, que podia ser carregada com os pés ou com as mãos.

A história indica que, provavelmente, os romanos levaram a outros povos o seu jogo de bola, a medida que dominava os povos ao longo do Mediterrâneo. A segunda fase da história do futebol acontece na Idade Média e Renascença.

O “Calcio”, jogado com os pés e as mãos, por equipes com 27 jogadores divididos por um campo com duas metades iguais, é registrado em Florença, durante esse período.

Ainda na Idade Média, na Gália e depois na Bretanha, surgiu o “Soule”. Praticado com uma bola de couro preenchida por feno ou farelo, e jogado com os pés, a prática permitia a distribuições de socos e até rasteiras. Conflituoso, o jogo podia ocasionar em mortes, daí a expressão “violento esporte bretão”.

Deste então, o futebol se popularizou rapidamente na Inglaterra, sendo difundido amplamente entre todas as camadas do corpo social. As competições entre cidades vizinhas, muitas vezes, transformava-se em uma verdadeira batalha campal, por isso foi proibido pelo rei Eduardo II, em 1314.

No entanto, a repressão não foi obedecida, e o esporte continuou a crescer, clandestinamente. A resistência da monarquia inglesa persistiu até o século XVIII. Somente no início do século seguinte, com a atenuação da violência e as tentativas de regulamentar o jogo é que o jogo foi aceito pela maioria dos habitantes, dando início a terceira fase da origem do futebol moderno.

Na década de 1830, Thomas Arnold (1795-1842), que reformou o ensino superior inglês e defendia a importância do esporte na educação, introduziu o futebol nas escolas públicas inglesas. A atividade foi adotada por diversas escolas e universidades. Neste ponto da história, porém, as regras ainda não estavam consolidadas e houve reação contra o uso das mãos no jogo.

Para resolver as contradições relacionadas à prática, a Universidade de Cambridge publicou, em 1846, o primeiro regulamento aprovado e homologado do esporte. Como as divergências não cessaram, em 26 de outubro de 1863, os partidários do futebol que utilizavam apenas os pés fundaram a Football Association, para uniformizar o uso das regras.No mesmo ano, teve início a disputa da taça da Football Association e, no ano seguinte, realizou-se a primeira partida internacional, entre Escócia e Inglaterra. A quarta etapa do futebol destaca, finalmente, o nascimento do futebol moderno, realizado numa taberna londrina, em 26 de outubro de 1863.

No início, o futebol ainda amador se baseava principalmente no conceito individual do “corpo-a-corpo”. As equipes jogavam com até sete atacantes, até que, em 1883, a Universidade de Cambridge propôs a organização com cinco atacantes.

A profissionalização do esporte foi pressionada a partir da entrada de jogadores escoceses no país, em 1885, levando à evolução técnica e tática do jogo.

A quinta e última fase da história do futebol começa a partir da internacionalização do esporte, no começo do século XX. A popularidade do jogo, que se espalhou por todo o mundo, levou à criação da organização internacional da FIFA, em 1904, tendo como países fundadores a Bélgica, Dinamarca, França, Países Baixos, Espanha, Suécia e Suíça.

FIFA tem como responsabilidade a uniformização das regras do futebol, elaboradas pela Internacional Board, e a organização do torneio internacional dos países filiados, amplamente conhecida como Copa do Mundo, disputada desde 1930.

História do Futebol no Brasil

O futebol chegou ao Brasil, em 1894, trazido pelo brasileiro Charles Miller (1874-1953), filho de inglês, que desembarcou em São Paulo trazendo consigo duas bolas de couro e as regras aprovadas pela Football Association.

Miller não demorou para mostrar a novidade para seus amigos do São Paulo Athletic Club, fundado em 1888 por britânicos e descendentes. A história conta que "numa tarde fria no outono em 1895”, ele reuniu os amigos e os convidou para disputar uma partida de futebol.

“Aquele nome por si só era novidade, já que naquele tempo somente conheciam o críquete. As perguntas mais comuns eram: como é esse jogo?, com que bola vamos jogar?”, relata.

primeira partida organizada por Miller aconteceu na Várzea do Carmo, em 14 de abril de 1895. Estiveram em campo britânicos que trabalhavam na Companhia de Gás, funcionários do London Bank e trabalhadores do transporte ferroviário, da São Paulo Railway.

A partir de então, vários clubes se formaram: em 1898, o São Paulo Athletic Club e, no ano seguinte, a Associação Atlética Mackenzie College e o Sport Club Germânia.

No Rio de Janeiro, o pioneiro a introduzir os jogos de futebol no estado fluminense foi Oscar Cox (1880-1931), que estudou na Europa e trouxe de lá a paixão e os materiais esportivos.

Depois de organizar partidas entre uma equipe criada por ele e o Rio Cricket and Athletic Association, de Niterói, Cox tornou-se um dos líderes do movimento que resultou na fundação do Fluminense Futebol Clube, em 1902.

Um conflito nos bastidores, porém, culminou na divisão do clube. Os jogadores que saíram fundaram, em 1911, o departamento de futebol do Clube de Regatas do Flamengo.

Embora reunisse os melhores jogadores da época, que haviam sido campeões no ano anterior, o Flamengo perdeu o primeiro jogo para o Fluminense, por 3 a 2, nascendo aí a célebre rivalidade intitulada de “Fla x Flu”.

A partir de 1910, surgiram diversos clubes e federações por todo o país. Cada estado, individualmente, começou a realizar seu próprio campeonato, fazendo crescer o interesse do público e da imprensa sobre o novo esporte. Em 1914, criou-se a Federação Brasileira de Sports e, dois anos mais tarde, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Diante da difusão do futebol em todo o país foi organizado, em 1922, o primeiro campeonato das seleções estaduais.

É importante ressaltar que, durante quase quarenta anos, o futebol foi exercido no Brasil principalmente por amadores — estudantes, empregados de companhias industriais e jovens de nível social elevado. Somente em 1933, oficializou-se, no Rio de Janeiro e São Paulo, o profissionalismo do esporte.

Em 1938, foi realizada a primeira Copa em que o Brasil chegou às semifinais, ficando em terceiro lugar. As altas arrecadações geradas com as partidas despertaram a atenção dos governos, estimulando a construção de estádios. O maior deles, o Maracanã, foi inaugurado no Rio de Janeiro em 1950, para a quarta edição da Copa do Mundo. 

Regras do Futebol

As leis gerais que regem o futebol foram elaboradas em 1938 pela International Football Association Board (IFAB). O documento, que compreende 17 regras e uma série de outras decisões suplementares, sofreram alterações de acordo com a evolução técnica e tática do esporte.

Dentre as regras relativas ao campo, as diretrizes atuais orientam que o futebol seja jogado num campo gramado com medidas máximas de 120 metros de comprimento e 90 metros de largura e mínimas de 90 metros de comprimento e 45 metros de largura.

Nos jogos internacionais, as medidas máximas estabelecidas são de 110 metros de comprimento por 75 metros de largura e mínimas de 100 metros por  64 metros de largura.

O campo deve estar dividido ao meio por uma linha transversal. No centro, destaca-se um círculo com raio de 9,15m. É neste ponto que se dá a saída para o início de cada tempo de jogo ou sempre após a marcação de um gol.

As balizas, chamadas de gol, são formadas por duas traves verticais, separadas por 7,32 metros, e unidas por um travessão horizontal de 2,44 metros, que sustentam a rede do lado de fora do campo.

Em frente às balizas há duas áreas. A pequena área, ou do goleiro, dista 5,5 metros e é utilizada para a cobrança do tiro de meta, sempre que bola ultrapassa a linha de fundo.

Já a grande área, cujo limite alcança 16,5 metros das traves, é utilizada sempre que uma cobrança é executada por tiro livre direto, a 11 metros do gol.

Fora da grande área também é desenhado um arco de circunferência, chamado de meia-lua, com 9,15 metros de raio, sendo o centro da cobrança dos pênaltis.

Nos vértice das laterais, marcados por bandeiras, são cobrados os escanteios, a cada vez que a bola é lançada para a linha de fundo, após o toque de um jogador da equipe defensora.

As regras do futebol também estabelecem critérios gerais em relação à bola. Esférica e coberta de couro, a bola deve ter entre 68 centímetros a 71 cm de circunferência e pesar de 39 gramas a 453 g.

As normas determinam que os jogadores não podem usar as mãos para impulsionar e movimentar a bola, com exceção do goleiro, dentro do limite da grande área, ou qualquer outro jogador, durante a cobrança do arremesso lateral.

A única autoridade dentro do campo é o árbitro, que conta com o auxílio de dois juízes de linha, fixados nas bandeirinhas. Cabe ao juiz a aplicação de regras, decisão sobre lances, cronometragem do jogo, punição aos atletas, bem como a vistoria do gramado, a avaliação das condições de segurança do estádio, as interrupções e reinício das partidas e as anotação de ocorrências.

A função dos juízes de linha, por sua vez, é indicar quando a bola sai de jogo, assim como a cobrança de escanteios, tiros de meta ou arremessos laterais. Considera-se que a bola está fora de jogo quando ela atravessa completamente as linhas laterais ou de fundo do campo, quando se marca um gol ou quando o juiz interrompe a partida.

A reposição de bola pode ser feita por meio de tiro livre, tiro de meta, arremesso lateral, escanteio ou bola no chão. Na cobrança de faltas, nenhum jogador adversário pode estar a menos de 9,15 metros da bola. Já o tiro livre indireto deve ser cobrado após obstruções ou jogadas consideradas perigosas pelo juiz.

As infrações relacionadas às faltas contra o adversário e toque de mão ou braço na bola são punidas com tiro livre direto e/ou cartões dados pelo árbitro, quando há percepção de intencionalidade e risco de decisão da partida.

O juiz pode dar um cartão amarelo ou vermelho para o atleta, dependendo da gravidade da falta cometida. O primeiro caso serve de alerta e acumula pontos negativos para o jogador, sendo que a reincidência de um amarelo na mesma partida implica na sua saída da partida.

Já o cartão vermelho, mais decisivo e severo, é aplicado pelo juiz quando ele percebe a repetição contundente de faltas violentas, atos de indisciplina ou desrespeito. Nessa situação, o jogador é expulso imediatamente do campo.

Regra do Impedimento no Futebol

impedimento, ou “fora-de-jogo”, é considerado uma das regras mais complexas do futebol. Isso porque o fundamento envolve posicionamento do jogador do campo e a capacidade de avaliação do árbitro.

Muitas vezes os fatores que determinam a regra tratam centímetros e frações de segundo, o que contribui para as polêmicas envolvendo decisões duvidosas.

Em linhas gerais, o impedimento acontece quando o jogador recebe o lançamento de um companheiro no campo de ataque, estando mais próximo da linha de fundo que o penúltimo jogador adversário.

Em jogadas de linhas de fundo ou quando a bola é tocada para trás, não há impedimento. O mesmo vale para quando um jogador do time adversário toca na bola, após um jogador do outro time efetuar um passe.

Apesar do ângulo desfavorável, o escanteio quase sempre é cobrado em forma de cruzamento direto para se aproveitar as vantagens táticas resultantes da falta de impedimento na jogada.

Fundamentos do Futebol

Os fundamentos técnicos do futebol podem ser explicados em dois tipos de ações: movimentos sem bola e movimentos com bola. A primeira situação compreende os saltos, giros e corridas dos atletas, enquanto a segunda trata diretamente das recepções de bola, passe, chutes e dribles durante a partida.

Para uma melhor prática do futebol com bola, o jogador deve ter conhecimento e domínio de algumas técnicas básicas do esporte, como condução, passes, chutes, dribles, cabeceios, arremessos laterais e cobrança de faltas.

condução é explicada pelo ato do jogador em deslocar-se pelos espaços e brechas encontradas entre os jogadores adversários, enquanto avança com a posse bola.

Para tanto, o atleta precisa calibrar o tipo de toque adequado a cada situação, manter uma postura e velocidade de acordo com as possibilidades encontradas durante o deslocamento e manter a bola a uma distância que facilite a condução.

passe é um elemento técnico que preconiza o fundamento de chute, tendo em vista que o jogador precisa impulsionar a bola para seu companheiro de time.

Sua técnica exige do jogador um posicionamento favorável do corpo favorável, o pé de apoio na bola, a projeção da perna e o toque propriamente dito, que culminará no chute.

chute, por sua vez, é o ato de golpear a bola com único toque. Estando ela parada ou em movimento, a ação pretende desviar ou dar trajetória certa ao instrumento, de modo favorável ao jogador que executa a estratégia. O principal objetivo do chute é emplacar um gol ou impedir o prosseguimento de um jogador adversário.

cabeceio, por outro lado, impulsiona a bola por meio da utilização da cabeça O gesto pode ser aplicado tanto para ações ofensivas como defensivas, assim como pode ser executado em movimento ou parado.

Já o drible, também chamado de finta, utiliza a variação de movimentos rápidos das pernas na tentativa de ludibriar o adversário. De origem inglesa (dribblling), o termo original versa sobre a progressão da bola.

O termo correto para a ação de desvencilhar-se do jogador opositor seria finta, mas, como a palavra drible tornou-se muito utilizada neste sentido, costumam ser apresentados como sinônimos.

Por fim, a recepção indica a dominação do jogador sobre a bola após o recebimento de um passe. Nos casos em que o passe dá errado e o jogador adversário consegue dominá-la, diz-se que houve uma interceptação da bola.

Aspectos físicos do futebol

Até 1880 ainda não havia um sistema de jogo bem estruturado no futebol. Ou seja, os jogadores ainda não eram distribuídos, de maneira organizada, para desempenhar as diversas funções específicas de ataque e defesa durante o jogo.

Naquela época, basicamente, as equipes eram formadas por um goleiro e dez atacantes. O primeiro sistema uniformizado, que ficou conhecido como “formação clássica”, e persistiu até 1925, era formado por um goleiro, cinco atacantes, dois zagueiros e três médios.

Foi a partir da mudança da lei de impedimento, que passou a dar condição de jogo ao atacante que tivesse dois e não três jogadores a sua frente, que as equipes passaram a se tornar mais ofensivas. Herbert Chapman (1878-1934), treinador do Arsenal de Londres, inovou o sistema com o desenvolvimento do chamado WM Ortodoxo.

Nesse sistema, recuou-se um jogador a mais para atuar na defesa, além de outros dois meias também recuados para ajudar os outros dois médias, nas laterais direita e esquerda. Essa estratégia, entretanto, foi criticada por ser muito defensiva, dificultando a atuação individual dos jogadores.

Surgiu, então, o WM clássico, que alternava o posicionamento entre os médios e os meias de acordo com a necessidade defensiva ou ofensiva de cada jogada. Foi neste momento que caiu a teoria de que os médios não podiam ultrapassar a linha do meio de campo e nem os meias recuar.

Em 1940, o técnico Flávio Costa (1906-1999), então no Vasco da Gama, chamou atenção por adaptar o WM clássico. Seu sistema ficou conhecido como diagonal, uma vez que a posição dos meias e laterais formava um trapézio ao invés de um quadrado.

Vários outros sistemas apareceram ainda, como o “ferrolho suíço”, o “beton francês”, o “turbilhão”, “carrossel” e “4-2-4”. Com as inovações, o meia-esquerda, mais avançado, passou a ser chamado de ponta-de-lança, e o meia-direita, de armador.

O famoso sistema “4-2-4” foi considerado durante muito tempo como a estratégia de jogo mais equilibrada entre ataque e defesa, sendo utilizado amplamente como padrão pelo futebol brasileiro. Inclusive, o Brasil conquistou a Copa do Mundo de 1958 utilizando esta organização.

Com a evolução do futebol, novos sistemas continuaram surgindo e o 4-2-4 se transformou em 4-3-3. Em 1990, foi introduzido o sistema 3-5-2, e na Copa de 1994, o 4-4-2. No fundo de todos os sistemas equilibrados e dinâmicos está o princípio de que o jogador deve exercer o maior número de funções possíveis, indo além de sua posição fixa, para conquistar a vitória do time.

Copa do Mundo

O francês Jules Rimet, então presidente da FIFA, em 1928, foi a mente responsável pela criação de um torneio de futebol internacional realizado de quatro em quatro anos: a Copa do Mundo.

O troféu de ouro maciço, que mais tarde ganhou o nome de Taça Jules Rimet, seria dado ao vencedor como posse provisória, até que algum país o conquistasse por três vezes.

A I Copa do Mundo foi disputada no Uruguai, em 1930, por 13 países. A longa viagem pelo oceano foi responsável por dificultar a participação de muitas seleções europeias. A competição foi disputada em três fases, sendo que o Brasil foi eliminado pela Iugoslávia logo na primeira. A final, disputada entre Argentina e Uruguai, terminou com a vitória dos anfitriões por 4 a 2.

Melhor organizada e com mais participantes, a II Copa do Mundo foi sediada na Itália, em 1934. Trinta e dois países disputaram a competição através de um sistema simples de eliminatórias. O Brasil foi derrotado ainda na primeira fase, pela Espanha. Já a Itália sagrou-se campeã, vencendo a final contra a Tchecoslováquia.

A III Copa do Mundo, realizada na França, em 1938, deu o segundo título da Itália, ofuscando os anfitriões da festa do futebol. O Brasil chegou as semifinais, sendo eliminado pelos italianos, por 2 a 1.

Com a Segunda Guerra Mundial, houve uma interrupção de 12 amargos anos no torneio mundial. A IV Copa do Mundo só foi realizada em 1950, no Brasil, sendo palco de uma das derrotas mais tristes para o futebol brasileiro. A seleção brasileira perdeu a final em casa para o Uruguai, por 2 a 1.

O primeiro título mundial da seleção brasileira viria na VI Copa do Mundo, na Suécia, em 1958, contra os próprios anfitriões, tendo Garrincha, Didi e Pelé como os grandes protagonistas da partida. Na sequência, a VII Copa, no Chile (1962), o Brasil reafirmou sua superioridade, conquistando o bicampeonato.

Na IX Copa do Mundo, organizada no México, em 1970, a seleção brasileira obteve a posse definitiva da taça Jules Rimet, roubada anos mais tarde. O evento foi televisionado pela primeira vez ao vivo, atraindo a atenção dos olhos do mundo. Com uma campanha notável, a equipe brasileira, treinada por Zagallo, venceu todos os seis jogos, com 19 gols no total. Foi nesta Copa que Pelé foi consagrado definitivamente como o “rei do futebol”.

Somente em 1994 o Brasil voltaria a conquistar o título de campeão do mundo pela quarta vez. Disputado nos Estados Unidos, o evento registrou audiência recorde, com 3 bilhões de espectadores ao redor do globo. Pela primeira vez na história a partida final foi definida nos pênaltis. O Brasil venceu a Itália por 3 a 2, conquistando o tetracampeonato.

Depois disso, o Brasil voltou a ganhar o título em 2002, contra a Alemanha, por 2 a 0, no Japão, tornando-se a única seleção pentacampeã da história do Futebol. Em 2014, entretanto, a Copa do Mundo realizada no Brasil foi palco de uma das maiores derrotadas da seleção canarinho, perdendo por um vexatório resultado de 7 a 1 contra a Alemanha.

A vigésima segunda edição da Copa do Mundo, a ser realizada em 2022, no Catar, ainda aguarda os jogos eliminatórios para definir todas as seleções que disputarão o campeonato mundial. Por causa da pandemia, os jogos foram paralisados, aguardando um cenário com maior segurança para a realização das disputas.

Principais competições e campeonatos

  • Taça da Europa: A Taça da Europa, também chamada de Taça Europeia dos Clubes Campeões, é uma competição anual desenvolvida em 1954 pela revista francesa L’Équipe. Ela foi disputada pela primeira vez, no ano seguinte, sob controle da União Europeia de Futebol (UEFA). Dela participam os campeões nacionais de todos os países europeus, além do vencedor da Taça da Europa anterior.
  • RA Recopa, ou Taça Europeia dos Vencedores das Taças, é disputada anualmente, desde 1960, entre os vencedores das taças nacionais.
  • Taça Europeia das Nações: Também organizada pela UEFA, a Taça Europeia das Nações reúne, desde 1960, todas as seleções nacionais da Europa a cada quatro anos, numa competição disputada nos mesmos moldes da Copa do Mundo.
  • Taça Libertadores da América: A Taça Libertadores da América foi criada em 1960 para reconhecer o campeão de clubes do continente. A competição é realizada entre os clubes campeões e vice-campeões de países latino-americanos. No caso do Brasil, o vencedor do Campeonato Brasileiro e o da Copa do Brasil.
  • Taça Intercontinental de Clubes Campeões: A Taça Libertadores indica a equipe vencedora para disputar com o campeão europeu o Campeonato Mundial Interclubes, ou Taça Intercontinental de Clubes Campeões.
  • Copa América: Criado em 1916, o Campeonato Sul-Americano de Seleções foi considerado, durante décadas, o principal evento do futebol no continente. Em 1979, a disputa ganhou o nome de Copa América e um novo sistema de disputa. Em 1993, o torneio foi estendido às três Américas.
  • Conmebol: A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) promove outros cinco torneios anuais de interclubes. A Supercopa (desde 1988) é disputada entre todos os campeões da Taça Libertadores.

A Copa Masters (1992), entre os vencedores da Supercopa; a Copa Conmebol (1992), entre os vice-campeões nacionais; a Recopa (1989), entre os campeões da Taça Libertadores e Supercopa; e a Copa de Ouro (1992), entre os campeões da Libertadores, da Supercopa, da Copa Masters e da Conmebol.

Mulheres no Futebol

A participação feminina no futebol vem atraindo cada vez mais atenção e público dos amantes do esporte em todo o mundo. Entretanto, os primeiros relatos das atuações desse gênero não são atuais e também remonta os tempos antigos.

Os primeiros relatos datam de 206 a.C., quando as mulheres da dinastia chinesa Han jogavam a variação denominada TSU Chu. Em 1894, finalmente, ativistas fundaram o primeiro clube britânico de futebol feminino, intitulado de Ladies Football Club.

Mesmo em um cenário ainda desvalorizado globalmente, as atletas despontam no universo do futebol, enfrentando preconceitos e conquistando, pouco a pouco, o respeito e a valorização adequada.